Há alguns meses fui abordada para falar um pouco sobre o óleo essencial de alecrim, publicado em 25 de maio de 2018 aqui no blog Mundo Poo. Confesso que foi um assunto delicado, pois ainda estou pesquisando e estudando com calma sobre cuidados naturais.
Esses temas são conhecimentos tão gratificantes, porém uma pena não poder testar tudo que a gente sente vontade, não é mesmo? Isso é, dependendo muito da sua situação financeira e moderação de consumo.
Hoje venho lhes dizer que tive a oportunidade de falar sobre mais um óleo. Dessa vez não será um essencial e sim um vegetal: o óleo de rícino.
O que é e de onde vem
Originado através de uma planta chamada Mamoeira (ricinus communis L.) desenvolvida em diversas regiões do Brasil, onde as principais produções localizam-se na Bahia e no Ceará (existem boatos, porém sem afirmações concretas de que sua verdadeira origem é da Ásia ou África).
O fruto dado pela mamoeira é chamado de mamona ou rícino. São obtidos em tamanhos variáveis, com espinhos na parte externa e em seu interior avistamos sementes ovais e lisas.
Para fins medicinais, o óleo de rícino é extraído por prensagem a frio. Assim é possível obter um óleo límpido, incolor, livre de ricina e isento de acidez e impurezas. É este que utilizamos na área cosmética.
Já o para fins industriais, é obtido através da prensagem a quente das sementes, originando-se em um óleo límpido, brilhante, com no máximo 1% de acidez. Nesse ramo ele é utilizado na fabricação de tintas, plásticos, colas e também como matéria-prima de náilon e lubrificantes.
Propriedades
O óleo possui ácidos graxos que são essenciais ao organismo, pois fazem parte das membranas celulares e são precursores de mediadores da resposta imunológica e inflamatória.
Composto por 95% de ácido ricinoleico e os outros restantes de ácido linoleico, oleico e palmítico.
Comedogenicidade
Esse termo refere-se a uma avaliação onde utiliza-se a numeração de 0 a 5 para definir se determinado tipo de produto tem a capacidade de obstruir os poros. Quanto mais baixo for essa numeração, menos chances ele tem de causar acne e cravos na pele.
O óleo de rícino possui comedogenicidade de nível 1. Logo, quem sofre com acne não precisa se preocupar.
Medicamento
Seu uso mais conhecido nessa área é como laxante. Devido ao ácido ricinoleico que citamos nas propriedades, ao ser absorvido é transformado em prostaglandinas evitando os sintomas causados pela falta dessa substância.
Como não sou experiente no assunto, recomendo consultar um médico antes de escolher tomar essa providência.
Óleo de rícino na pele
Por conter ácidos graxos, o óleo de rícino é muito útil na hidratação da pele. Não melhora manchas porque não contém vitamina C, mas é capaz de penetrar profundamente e estimular a produção de colágeno e elastina, melhorando a aparência da pele. Contudo, suaviza linhas de expressão, reduz o aparecimento de rugas e estrias.
Também pode ser útil em casos de dermatite atópica por combater o ressecamento da pele irritada formando uma barreira que preserva a hidratação e previne a perda de água.
Óleo de rícino nos cabelos
O óleo de rícino é capaz de combater infecções e fungos que poderiam atrapalhar o crescimento capilar. Quando usado diretamente no couro cabeludo ou misturado com shampoos, pode diminuir o aparecimento de caspas e controlar a oleosidade da raiz.
Pode estimular o nascimento de fios que possuem dificuldade para crescer. Além de fortalecer e evitar a quebra por ser capaz de permear as cutículas e ainda nutri o cabelo por completo.
Dicas de uso
Para estrias: misturar com óleos leves, como o óleo de semente de uva ou de amêndoas doces para facilitar o deslizamento na hora da massagem.
Caspas, oleosidade, coceira e couro cabeludo ressecado: massagear o óleo diretamente no couro cabeludo e deixar agir por uma ou duas horas. Enxaguar, lavar com um shampoo de sua preferência e condicionar. Opção número 2: misture um pouco do óleo na palma da mão com um shampoo neutro (recomendo o da Flora Fiora, clique aqui para conhecer), aplique no couro cabeludo e deixe agir por 5 minutos.
Hidratação para cabelos secos e/ou com pontas duplas: uma colher de sopa e duas da máscara de tratamento que for utilizar. Lave o cabelo normalmente, aplique a mistura enluvando mecha a mecha e deixe agir por no mínimo 10 minutos.
Limpeza facial, hidratação e controle de acne: em um recipiente de vidro em cor âmbar (marrom escuro), misture a mesma proporção do óleo de rícino com óleo de girassol. Aplique na pele fazendo massagem até “derreter” toda a maquiagem e retire o excesso com discos de crochê ou uma toalhinha. Se desejar, lave com sabonete, tonifique e hidrate. Pode ser utilizado a mesma mistura para hidratar durante a noite ou amenizar/evitar a acne. Utilize em até dois meses.
Calmante pós-sol: passe um pouco do óleo em áreas que a pele estiver irritada após a exposição ao sol.
Fortalecimento das unhas ou hidratação de cutículas: aplique uma pequena quantidade por cima das unhas antes de dormir, faça uma breve massagem e retire pela manhã.
Cuidados ao usar
Pessoas com cabelos quimicamente tratados (tintura, descoloração, alisamento) podem fazer o uso do produto. Entretanto, é sempre bom fazer o teste de alergia antes de seu uso.
Não utilize antes da exposição ao sol, pois pode ocorrer irritação no couro cabeludo e na pele do restante do corpo podem surgir manchas.
Outra ressalva é que seu uso não é recomendado para gestantes.
Por via das dúvidas, consulte sempre um profissional.
Onde encontrar
Em farmácias é possível encontrar sua versão pura, mas tome muito cuidado. Sempre leia o verso da embalagem. O óleo de rícino é o único que deve conter na composição. Em embalagens internacionais, é conhecido como “castor oil“.
Na loja Meu Cabelo Natural também podemos encontrar algumas versões. Tem de 1 litro e também de 100 ml.
Fontes
elle.abril.com.br
www.ecycle.com.br
lookaholic.wordpress.com
blogcorpoidealsuplementos.com.br.